quinta-feira, 23 de abril de 2009

O indivíduo nas organizeções pelos Clássicos e pela Escola de Relações Humanas

- Como o indivíduo era visto pelos Clássicos e pela Escola de Relações Humanas


O pioneiro da Teoria Clássica, Henri Fayol, é considerado – juntamente com Taylor, pioneiro da Administração Científica – um dos fundadores da moderna Administração. A preocupação de Taylor era criar uma Ciência da Administração dando ênfase às tarefas. Enquanto Fayol deu ênfase a estrutura das empresas, porém o objetivo de ambos era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Foi com Fayol a definição das funções básicas da empresa, o conceito de Administração (Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar), bem como os chamados princípios gerais da Administração. Em Taylor a aplicação de métodos da ciência aos problemas da Administração surgindo o nome Administração Científica que baseou-se no conceito de homo economicus, isto é, do homem econômico. Ambas as teorias, os indivíduos eram vistos como seres limitados e mesquinhos, preguiçoso e culpados pela vadiagem e desperdício das empresas, partindo do conceito de que toda pessoa é concebida como influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Os operários eram tratados como “máquinas”, onde alguém ditava as ordens, dividia as tarefas, determinava o tempo, e eles tinham apenas que obedecer. Tudo isso era fruto de uma vida filosófica do homem clássico. Isso se refletiu também na Administração. Para os clássicos o nível de produção é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empregado. Com o surgimento do movimento humanista, começou a se ter o entendimento de que, o que determina o nível de produção são as normas sociais e expectativas grupais, ou seja, é a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência. A Teoria das Relações Humanas tinha uma nova concepção do ser humano: o homem social. Quanto maior a integração social no grupo de trabalho, tanto maior a disposição de produzir. Elton Mayo, após concluir a experiência de Hawthorne diz que, se o empregado apresenta excelentes condições físicas e fisiológicas para o trabalho e não estiver socialmente integrado, sua eficiência sofrerá a influência de seu desajuste social. Ele não via o individuo isoladamente, mas como membros de grupos. A Escola de Relações Humanas contrapõe o comportamento social do empregado ao comportamento do tipo máquina proposto pela Teoria Clássica. Enfim, enquanto a Teoria Clássica dava ênfase a estrutura e as tarefas, a Teoria das Relações Humanas dava ênfase as pessoas, e diz que a organização industrial possui duas funções básicas: a função econômica (produzir bens ou serviços para garantir o equilíbrio externo) e a função social (distribuir satisfações entre os participantes para garantir o equilíbrio interno) Assim, na visão dos clássicos, o indivíduo era visto como um ser que deveria produzir, produzir e produzir. Ao passo que, na visão humanística o indivíduo era visto como um ser que vive em grupo, mas que precisava produzir. O objetivo era o mesmo, porém para obter resultados utilizavam conceitos distintos em relação ao indivíduo. Era dessa maneira as primeiras visões da relação indivíduo organização.